Traços mais marcantes:Agressiva,
combativa e determinada.
O que gosta: Da
forma lupina, treinar ,quando seu pai está sorrindo (por dentro).
O que não gosta:
Ferir seu orgulho, pessoas que falam demais(Zinger), concorrência.
Aparência: A
mistura do pelo negro do pai com o caramelo da mãe não se misturou desta forma nas
outras irmãs, mas nela criou uma pelagem marrom escura, assim como o cabelo.Pelo
treino ao sol, tem a pele morena e o corpo forte como o pai.Olhos azul claro,
como os da mãe e de Jess.
- Eu deveria ser a irmã mais nova das quatro.Mas agora eu sou a
mais velha. Parece.- Sussurrou a
garota, encarando as próprias mãos que agora eram de uma moça de 14 anos, e não
de uma criança de 2 ou 3 anos. Óbvio que está não foi a primeira reação ao
perceber, mas sim destruir tudo, na esperança de ser um pesadelo do qual
pudesse acordar.Já que não era um pesadelo, deveria ter realmente machucado
todas aquelas pessoas que destruíra, achando que estava sonhando em seu berço.
Os olhos se enchiam de lágrimas agora pela confusão mental que enfrentara: 14
anos de puberdade em menos de 5 segundos deveria ser um recorde, além disto, se
ela já era cruel e azeda, não conseguiria imaginar como ficaria na TPM.
-...Q-quem é você?- Michelle se aproximou, séria como sempre,
jogando um cobertor por cima do corpo da jovem loba. “Sou eu, Ella.” Disse a recém moça, encarando Mih.
Michelle levantou uma sobrancelha, fitando bem Angella. -... Isso já aconteceu
comigo.- Mih disse o óbvio, fazendo Ella revirar os olhos. Angella sabia
que não tinha sido mudada geneticamente, visto que não fazia experimentos
loucos como Mih.
-... A explosão no laboratório foi uma desculpa que a pensão encontrou
para me tornar mais velha.Não foi isso.Você estava mexendo nas coisas da Eynma,
não estava?- Michelle só perdia na seriedade e frieza nas palavras para
a própria Ella.Nenhuma das duas parecia surpresa, o que realmente seria difícil.Todas
as histórias que Illhe, o espírito que morava na pensão da Baelia que sua irmã
Zinger lhe contava passava a fazer sentido agora.
-Estava.Mas não era só eu.Tinha um ... Um garoto, eu acho, dentro de um
espelho.Mas depois eu não me lembro de mais nada, só .. Uma tela preta, muita
dor e... E agora eu estou assim.- Ella ainda encarava suas próprias
mãos, Mih optava por encarar o resto de Ella, a nerd magrela estava se sentindo
melhor por ter a forma física que possuía: mulheres musculosas ao vivo eram
ainda mais estranhas, pensou Mih.
-Garoto, que garoto? Digo, c...como ele era?- Michelle se
jogou de joelhos no chão, pressionando os joelhos com força com as mãos para
evitar de gritar. “Era como se fosse você, se for sua versão masculina, ele deve ser viado, mas enfim.” Respondeu Ella,
já conseguindo recuperar a calma e se levantando do chão.Não por estar aceitando melhor o ocorrido, mas ver
que o que estava sentindo não se comparava ao que Michelle sentia por acabar de
descobrir que seu gêmeo e também filho do espírito da pensão ainda estava vivo, a fazia se sentir melhor.Desgraça alheia sempre fez Ella se sentir melhor. A
melhor hipótese levantada foi que Ilhe a transformara por encontrar Praeh em um
espelho, cuja própria Ilhe fez desaparecer a muitos anos.Quando o mesmo ocorreu
com Mih, ela estava recorrendo á ciência para reencontrar seu irmão:Agora tinha
certeza que Ilhe fez aquilo para que ela não continuasse tentando.
-O espelho sumiu ...- Ella suspirou, olhando os pertences de
Eynma sob a cômoda.Eyn guardava muitos itens misteriosos, já que recentemente
passara noites e noites procurando um jeito de conceder a vida eterna á seu
pai.
- A máquina que eu estava fazendo quando desmaiei e acordei mais
velha desapareceu também.- Sorriu Mih, estendendo os braços abertos á Ella.Ela
precisava de um abraço por que até então havia desistido de reencontrar seu
amado irmão, e a outra pelo trauma emocional que ocorrera tão rápido e dolorosamente.De
qualquer forma, Ella negou o contato físico, agradecendo com uma reverência de
início de luta marcial e indo embora pela janela.
Agora sozinha, Lira jogou-se no chão e começou á chorar.Um
choro forte, ininterrupto e soluçante. Não de tristeza, mas de felicidade: A
esperança reacendera.
Ella transformou-se em loba, correndo pela floresta.Sentiu o
cheiro de Zinger, mas a última coisa que ela queria era cruzar com a irmã
feminina e perfeitinha que possuía; enojava-a aquela ex-cega filosófica se
recusar a treinar com ela e o pai.O que a fez notar apenas agora que treinar
dia após dia desde que se reconhecera por gente e ter o desejo de continuar
treinando cada dia mais fez seu físico evoluir mais 12 anos do nada obedecendo
o que ela faria durante eles: Lutar. Era hora de ver do o que podia ser capaz,
lógico que Zinger entenderia que seria apenas um mal compreendido ela chegar
correndo bem na hora.
“Preciso saber se estou pronta para o meu destino desde que
nasci.Meridell, me aguarde.Jess, não morra antes de que eu mesma a mate.Papai
vai ter mais orgulho de mim em breve.-“Sorriu Ella pensando sozinha, se
preparando para o combate duo.
Diferente do o que esperava, apesar de conseguir ferir
Zinger, ela era mais rápida e sumiu, como um risco.Também a cegueira
proporcionou á irmã um sexto sentido que tornava quase impossível acertá-la.
Ella, desapontada, chegou á conclusão de que Meridell deveria esperar:
Precisava ficar ainda mais forte.Precisava de uma sede de sangue ainda maior se
quisesse ser o que queria.Até lá, seu plano permaneceria em segredo.
-Pai, cheguei.-Rosnou Ella, entrando pela janela de seu
quarto e notando que seu quarto agora lhe era inútil por ser de um bebê de dois
anos.Era incrível como deixara de pensar como um bebê em tão pouco tempo.
Ghandy estava na sala, se aproximou lentamente.Sua filha que mais o idolatrava
estava grande, mas Zinger já havia passado em casa e avisado, apesar do pé
estraçalhado.
-... Agora tem tamanho para treinar de verdade. Pegue suas luvas de
boxe, te encontro lá fora.- Sibilou Ghandy, saindo.Ella sorriu, era
assim que seu pai dizia “Eu te amo, fiquei preocupado, querida.” Lily estava
fazendo biscoitos com Ille, que se convenceu que aquela moça era Ella por saber
que seus “code names” eram Capitã pônei e Comandante Kerberus nas brincadeiras
da meia-noite em baixo da cama que antes fora de Jess. Enquanto Ghandy e Ella
treinavam até os pulsos sangrarem,Lily saiu para comprar uma cama que coubesse
Ella, assim como um restante de quarto mais adulto, inclusive roupas.Apesar de
querer vestir algo cor-de-rosa cheio de laços nela, comprou roupas á gosto da
filha: azul, com calças largas, as mais fofinhas que encontrara, já que ela
tinha o hábito de cortar os joelhos quando saía para “brincar”.
-Cheguei, o que achou? Venha, eu fiz biscoitos de chocolate.-Sorriu
Lily, impressionando Angella com um quarto digno de sua presença.A mãe
acariciou atrás da orelha lupina esquerda da menina, o que fez sua perna mexer,
mesmo que na forma humana, depois a deu os biscoitos com leite.Mesmo contra a
vontade de Ella, Lily a abraçou.
–Eu te amo, filha.-
-Eu também.-
Se ela
crescesse normalmente, muitos aos alimentando sua idéia de matar Jess para ser
a nova alfa da alcatéia mais voraz de Meridell poderia ser alcançada. Talvez o
plano de Illhe fosse outro: Alterar o sentido normal da vida, para fazer
acender uma fagulha boa em Ella que possa salvar sua vida e a de sua irmã.Mas é
claro, ainda é cedo, e não se pode ter certeza que a idéia daquele espírito até
então maquiavélico e sombrio possa dar certo.
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