Ella.



Nome: Angella
Idade:Aparentemente... 15.
Traços mais marcantes:Agressiva, combativa e determinada.
O que gosta: Da forma lupina, treinar ,quando seu pai está sorrindo (por dentro).
O que não gosta: Ferir seu orgulho, pessoas que falam demais(Zinger), concorrência.
Aparência: A mistura do pelo negro do pai com o caramelo da mãe não se misturou desta forma nas outras irmãs, mas nela criou uma pelagem marrom escura, assim como o cabelo.Pelo treino ao sol, tem a pele morena e o corpo forte como o pai.Olhos azul claro, como os da mãe e de Jess.





- Eu deveria ser a irmã mais nova das quatro.Mas agora eu sou a mais velha. Parece.-  Sussurrou a garota, encarando as próprias mãos que agora eram de uma moça de 14 anos, e não de uma criança de 2 ou 3 anos. Óbvio que está não foi a primeira reação ao perceber, mas sim destruir tudo, na esperança de ser um pesadelo do qual pudesse acordar.Já que não era um pesadelo, deveria ter realmente machucado todas aquelas pessoas que destruíra, achando que estava sonhando em seu berço. Os olhos se enchiam de lágrimas agora pela confusão mental que enfrentara: 14 anos de puberdade em menos de 5 segundos deveria ser um recorde, além disto, se ela já era cruel e azeda, não conseguiria imaginar como ficaria na TPM.
-...Q-quem é você?- Michelle se aproximou, séria como sempre, jogando um cobertor por cima do corpo da jovem loba. “Sou eu, Ella.” Disse a recém moça, encarando Mih. Michelle levantou uma sobrancelha, fitando bem Angella. -... Isso já aconteceu comigo.- Mih disse o óbvio, fazendo Ella revirar os olhos. Angella sabia que não tinha sido mudada geneticamente, visto que não fazia experimentos loucos como Mih.
-... A explosão no laboratório foi uma desculpa que a pensão encontrou para me tornar mais velha.Não foi isso.Você estava mexendo nas coisas da Eynma, não estava?- Michelle só perdia na seriedade e frieza nas palavras para a própria Ella.Nenhuma das duas parecia surpresa, o que realmente seria difícil.Todas as histórias que Illhe, o espírito que morava na pensão da Baelia que sua irmã Zinger lhe contava passava a fazer sentido agora.
-Estava.Mas não era só eu.Tinha um ... Um garoto, eu acho, dentro de um espelho.Mas depois eu não me lembro de mais nada, só .. Uma tela preta, muita dor e... E agora eu estou assim.- Ella ainda encarava suas próprias mãos, Mih optava por encarar o resto de Ella, a nerd magrela estava se sentindo melhor por ter a forma física que possuía: mulheres musculosas ao vivo eram ainda mais estranhas, pensou Mih.
-Garoto, que garoto? Digo, c...como ele era?- Michelle se jogou de joelhos no chão, pressionando os joelhos com força com as mãos para evitar de gritar. “Era como se fosse você, se for sua versão masculina, ele deve ser viado, mas enfim.” Respondeu Ella, já conseguindo recuperar a calma e se levantando do chão.Não por  estar aceitando melhor o ocorrido, mas ver que o que estava sentindo não se comparava ao que Michelle sentia por acabar de descobrir que seu gêmeo e também filho do espírito da pensão ainda estava vivo, a fazia se sentir melhor.Desgraça alheia sempre fez Ella se sentir melhor. A melhor hipótese levantada foi que Ilhe a transformara por encontrar Praeh em um espelho, cuja própria Ilhe fez desaparecer a muitos anos.Quando o mesmo ocorreu com Mih, ela estava recorrendo á ciência para reencontrar seu irmão:Agora tinha certeza que Ilhe fez aquilo para que ela não continuasse tentando.
-O espelho sumiu ...- Ella suspirou, olhando os pertences de Eynma sob a cômoda.Eyn guardava muitos itens misteriosos, já que recentemente passara noites e noites procurando um jeito de conceder a vida eterna á seu pai.

- A máquina que eu estava fazendo quando desmaiei e acordei mais velha desapareceu também.- Sorriu Mih, estendendo os braços abertos á Ella.Ela precisava de um abraço por que até então havia desistido de reencontrar seu amado irmão, e a outra pelo trauma emocional que ocorrera tão rápido e dolorosamente.De qualquer forma, Ella negou o contato físico, agradecendo com uma reverência de início de luta marcial e indo embora pela janela.
Agora sozinha, Lira jogou-se no chão e começou á chorar.Um choro forte, ininterrupto e soluçante. Não de tristeza, mas de felicidade: A esperança reacendera.



Ella transformou-se em loba, correndo pela floresta.Sentiu o cheiro de Zinger, mas a última coisa que ela queria era cruzar com a irmã feminina e perfeitinha que possuía; enojava-a aquela ex-cega filosófica se recusar a treinar com ela e o pai.O que a fez notar apenas agora que treinar dia após dia desde que se reconhecera por gente e ter o desejo de continuar treinando cada dia mais fez seu físico evoluir mais 12 anos do nada obedecendo o que ela faria durante eles: Lutar. Era hora de ver do o que podia ser capaz, lógico que Zinger entenderia que seria apenas um mal compreendido ela chegar correndo bem na hora.
“Preciso saber se estou pronta para o meu destino desde que nasci.Meridell, me aguarde.Jess, não morra antes de que eu mesma a mate.Papai vai ter mais orgulho de mim em breve.-“Sorriu Ella pensando sozinha, se preparando para o combate duo.
Diferente do o que esperava, apesar de conseguir ferir Zinger, ela era mais rápida e sumiu, como um risco.Também a cegueira proporcionou á irmã um sexto sentido que tornava quase impossível acertá-la. Ella, desapontada, chegou á conclusão de que Meridell deveria esperar: Precisava ficar ainda mais forte.Precisava de uma sede de sangue ainda maior se quisesse ser o que queria.Até lá, seu plano permaneceria em segredo.
-Pai, cheguei.-Rosnou Ella, entrando pela janela de seu quarto e notando que seu quarto agora lhe era inútil por ser de um bebê de dois anos.Era incrível como deixara de pensar como um bebê em tão pouco tempo. Ghandy estava na sala, se aproximou lentamente.Sua filha que mais o idolatrava estava grande, mas Zinger já havia passado em casa e avisado, apesar do pé estraçalhado.



-... Agora tem tamanho para treinar de verdade. Pegue suas luvas de boxe, te encontro lá fora.- Sibilou Ghandy, saindo.Ella sorriu, era assim que seu pai dizia “Eu te amo, fiquei preocupado, querida.” Lily estava fazendo biscoitos com Ille, que se convenceu que aquela moça era Ella por saber que seus “code names” eram Capitã pônei e Comandante Kerberus nas brincadeiras da meia-noite em baixo da cama que antes fora de Jess. Enquanto Ghandy e Ella treinavam até os pulsos sangrarem,Lily saiu para comprar uma cama que coubesse Ella, assim como um restante de quarto mais adulto, inclusive roupas.Apesar de querer vestir algo cor-de-rosa cheio de laços nela, comprou roupas á gosto da filha: azul, com calças largas, as mais fofinhas que encontrara, já que ela tinha o hábito de cortar os joelhos quando saía para “brincar”.
-Cheguei, o que achou? Venha, eu fiz biscoitos de chocolate.-Sorriu Lily, impressionando Angella com um quarto digno de sua presença.A mãe acariciou atrás da orelha lupina esquerda da menina, o que fez sua perna mexer, mesmo que na forma humana, depois a deu os biscoitos com leite.Mesmo contra a vontade de Ella, Lily a abraçou.
 –Eu te amo, filha.-
-Eu também.-
Se ela crescesse normalmente, muitos aos alimentando sua idéia de matar Jess para ser a nova alfa da alcatéia mais voraz de Meridell poderia ser alcançada. Talvez o plano de Illhe fosse outro: Alterar o sentido normal da vida, para fazer acender uma fagulha boa em Ella que possa salvar sua vida e a de sua irmã.Mas é claro, ainda é cedo, e não se pode ter certeza que a idéia daquele espírito até então maquiavélico e sombrio possa dar certo.



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