Praeh

Praeh.

Nome: Lira Priscilla
Apelido: Praeh, é seu apelido desde que nasceu.                                                 

Ocupação: Engenheira elétrica, até por que Mih aprendeu tudo o que sabe nos livros que restaram dela.
Idade: 13. Mas possui três segundos de vida á mais que Mih.
Onde esteve por 5 anos: Com a alma aprisionada acorrentada á da mãe, como fonte de mana.Viu tudo o que ocorreu na pensão desde a existência da casa; pode não conhecê-la, mas ela te conhece se já pisou nela.                                                                                                                                        

O que adora: Video-Games, construir armas e bombas, irritar Michelle , programas de TV educativos, andar de skate, pular de para-quedas ou qualquer coisa que dê adrenalina também.
O que odeia: Falar no passado, sua mãe de verdade, não poder chamar Zall de papai, perceber que Mih ficou tão boa quanto ela nos jogos.
Características mais marcantes : Alegre, saltitante, indiferença á sua opinião sobre ela, mostrar que é mais inteligente que Mih em Biologia e História.

Uma família feliz.
Talvez, você nunca tenha ouvido a história da criação da Pensão da Baelia , estou certa? Michelle não gosta de falar nisso, e Zallip não se lembra de nada. A propósito, é por isso que seus olhos azuis se tornaram vermelhos como os de Ilhez: Ele não se lembra, Ilhe absorveu toda sua mente. Passei muito tempo aprisionada, mas ela só teve tempo de absorver metade das minhas lembranças.Mas quando ainda fazia parte das paredes da pensão, eu via as fotos que Mih ainda espalha pelo quarto da nossa família unida, e as mais comuns são de nós duas, isso me deu uma idéia de como foi a parte da minha mente que se foi para sempre.Ainda assim, se ver apenas do lado do olho azul, eu sou idêntica á Michelle, minha gêmea.O olho vermelho não é fixo, pode inverter, dependendo do dia.Não me pergunte por quê, também não sei.Me lembro de Ilhez tratando Michelle no feminino quando criança, mas eu não.Gêmeos idênticos não podem ser do sexo oposto, mas acho que ser chamada no masculino desde pequena fez Mih realmente acreditar que eu era um garoto, e Michelle ria quando Zall me chamava de “as garotinhas do papai”, achando que ele estava me ofendendo ou irritando, mas eu não me importava: Ficava ainda mais engraçado ela sentir menos vergonha de ter medo de tanta coisa que eu adorava aprontar, pelo simples fato de me achar garoto.Óh, o maior prazer do mundo é irritar nossos amados irmãos, não é?Deve ser MUITO triste ser filho único, imagino. Nós já fomos uma família unida e feliz.Morávamos em uma pequena casa de madeira, com uma praça na frente.Talvez você a chame de futura pensão, mas para mim, ainda não passa da minha casa de madeira.Mesmo sendo de tijolos agora. Eu e Michelle nunca gostamos de bonecas e brinquedos cor-de-rosa, desde pequenas preferíamos á carrinhos, vídeo-games e chapéus de pirata feitos com cartolina.
Um dia, mamãe morreu sumindo misteriosamente. Sobrou só uma de suas “experiências matinais” quando voltamos do parque de diversões com Zallip voltamos para casa. Zall riu, e mergulhou a cabeça no caldeirão borbulhante, dizendo que nossa mãe havia largado ali á tanto tempo que, já estava frio. Sumiu, assim como ela.Michelle ficou apavorada, mas não tanto quanto eu.Ela me abraçou, tentando me acalmar.Acabávamos de descobrir, nossa mãe era uma bruxa.
Orfanato.
Talvez, o período mais difícil da vida da minha irmã, mas ainda assim, eu preferiria retornar á ele ao invés de fazer parte de uma casa por tanto tempo. Sem mãe nem pai, garotinhas não podiam ficar soltas por aí, não demorou muito á sermos presas naquele lugar horrível. Para que fosse mais fácil se alguma criança pegasse piolhos, o cabelo de todos era cortado curto, e eles não sabiam que éramos Gelerts: Você não imagina o quanto doeu ter minhas orelhas cortadas.Apesar de parecerem normais mechas loiras de cabelo, sangraram demais.Pelo menos eu fui primeiro, e acertaram no corte da minha irmã, que permaneceu com as orelhas inteiras. Pelo cabelo não sentimos muito, já que essa beldade cresce de novo. E seria pior o cabelo comprido quando as crianças mais velhas prendiam nossas cabeças no vaso sanitário e apertavam a descarga.Eu aprendi á segurar a respiração por muito mais tempo apesar de ser horrível, mas Michelle ainda tem medo de mergulhar a cabeça até em uma tigela.Mesmo fraca, eu aproveitei que Mih me chamava no masculino, e fingi ser um garoto, acertei um soco no queixo do menino que judiava de nós duas, e ele aceitou parar de nos perturbar se eu fizesse parte deles, os garotos que maltratavam os novatos.
A nova mãe.
Um casal com um par de asas, olhos amarelos e com um bico vieram ao orfanato, eles traziam uma moça morena com eles. Como sempre, a maioria das crianças vôou para cima deles, na esperança de serem adotados. Michelle estava no banheiro, e eu na porta para não permitir que mergulhassem a cabeça dela no vaso por eu não estar perto.
-Você não está tentando ser adotado, como os outros?-Perguntou-me a garota morena, já do meu lado.Acho que ela estava ali por estar apertada para ir ao banheiro, só pode.
-Estou aqui para proteger minha irmã.Pouco me importa, não sairia daqui sem ela.- Eu respondi, ríspida com ao vida exigia que eu fosse naquele tempo.
-BAELIA, ACHEI UM CASAL AQUI, QUERIA DOIS, NÃO É?- “Ammy” gritou, é o nome daquela garota morena. Logo, aquele casal veio até mim, me examinar, o pássaro macho já segurava um bebê de olhos e cabelinho roxo.
-Eu já tinha escolhido uma, mas ...- Baelia olhou para seu marido, como se estivesse implorando pelo olhar “Posso ficar com só mais um?” E me abraçou.Naquele momento, eu senti algo que não sentia á muito tempo.Abraços de amor eu e Michelle nos dávamos todos os dias, mas aquele era diferente. Carinho de mãe. Assim que Mih saiu do banheiro e Baelia notou que possuíamos o mesmo rosto, a abraçou também. “Vamos para nossa nova casa”, ela disse.
Ou não tão nova assim.
-Nós já morávamos aqui. – Michelle disse, com medo de entrar na casa de Baelia e Ammy, e ver onde nossos pais desapareceram.A felicidade permaneceu como a de Baelia, Kiba e Ammy, quando  entramos e vimos que a casa era linda e enorme por dentro.Na época eu não sabia como era possível.
Baelia sorriu, pegando-a no colo com um braço, e Red – nome dado á bebê recém nascida de olhos e cabelo roxos-  no outro.Eu saí correndo pela casa, já que já a conhecia. Notei que, do lado de fora havia uma portinha que jamais havia visto, e entrei nela. Automaticamente, a casa ficou mais bonita por fora, e deixou de ser de madeira. Procuraram-me não só naquele dia, como por vários anos, eu vi. Só quando Michelle fez sete anos descobriram que Ilhez tinha me capturado, mas não sabiam como me trazer de volta.Mih tentou, e Ilhe a castigou por isso, fazendo-a desistir.Eu “sofri” junto, continuando a ter a mesma idade de Mih, então também ficando mais velha. Zallip apareceu para morar na pensão, mas seus dois olhos estavam vermelhos ao invés de azuis, como eram os da mamãe.Mih correu até ele, e ele simplesmente não se lembrava dela, da própria filha.Mas tinha visto em um sonho uma mulher de olhos vermelhos e cabelos roxo chamada Ilhe, que lhe deu o endereço daquele local.Foi aí que entendi: A casa estava daquela maneira pelas lembranças do Zallip, por ter mergulhado a cabeça na poção que Ilhe fez errado, e a aprisionou nas paredes da casa de modo que jamais poderá sair.Mamãe não consegue sair, mas conseguiu tirar Zallip das paredes também, absorvendo toda sua mente antiga para isso.Mas apagou as filhas dele das lembranças também, e isso eu infelizmente não poderei perdoar.Nem por me ter presa ali, para ficar por toda a eternidade.
Até Eynma começar á coletar itens místicos para tentar fazer seu pai ter a vida eterna, e Ella quebrar o espelho onde eu estava, me libertando para sempre, apesar de receber o mesmo castigo de Mih,e foi a última vez que Ilhe fez algo a mais utilizando a energia das minhas lembranças.É disso que Ilhez vive, lembranças, como muitos da pensão já sabem por experiência própria. A pensão ficou feia por fora, mas ainda está apta a continuar abrigando quantas pessoas quiserem. Eu finalmente estou livre para ser uma criança normal de novo.
Os gêmeos univitelinos (ou idênticos) são os que resultam da fecundação de um único óvulo por um único espermatozóide; por isso, têm exatamente a mesma carga genética e, necessariamente, o mesmo sexo. Como a Mih não se tocou disso?Achar que eu era menino com três anos tudo bem, mas agora, isso é ridículo.

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